Fome é alarmante em Porto Velho, mas há solução!
As declarações do padre Geraldo Siqueira da Paróquia Nossa Senhora do Amparo ao VideoCast O Poder do Voto sobre a fome alarmante em Porto Velho são graves e merecem a atenção redobrada de todos, mas especialmente do poder público. O quadro de pessoas com insegurança alimentar aguda – àquelas que só almoçam ou jantam porque não há como fazer outra refeição – é sem precedentes. E não precisa fazer pesquisa, embora haja uma sondagem bem interessante realizada pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, para enxergar a situação.
Padre Geraldo revela que não consegue atender a todos que procuram a paróquia porque as doações não chegam a atender a demanda de pessoas que procuram diariamente a igreja.
Segundo o religioso, o quadro piora quando se observa as pessoas em situação de rua. Esse grupo não consegue receber nem uma cesta básica porque não tem local para preparar as refeições.
Mas há solução. Pelo menos temporária. Os programas de combate a fome instituídos pelo Governo através de iniciativas como o Prato Fácil hoje são uma realidade e atendem dezenas de pessoas todos os dias. Quem circula por Porto Velho vê vários estabelecimentos credenciados e as enormes filas que se formam por volta das 11 horas para receber a marmita a R$ 2,00. O resto do valor é subsidiado pelo Estado. Além do Estado, a iniciativa privada também ajuda e muito. Sem as doações, esforços como da igreja Nossa Senhora do Amparo seriam em vão. Pessoas anônimas, mas de coração generoso, sempre estão ajudando com cestas básicas, kits de higiene e se voluntariando para cozinhar e levar uma refeição quente aos mais necessitados.
Neste ano de 2023, a Igreja Católica abraça a campanha da fraternidade com o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”, reforçando o ensinamento deixado por Jesus Cristo em seu evangelho de caridade ao semelhante. Só através do esforço conjunto entre poder público, sociedade organizada e a igreja é capaz de amenizar a fome em nossa Capital.
* O autor é jornalista, editor do RONDONIAGORA.