Aéreas tratam rondonienses como idiotas: voar 2500 km a partir de Porto Velho custa 3 vezes mais que voar 4 mil km nos EUA

JORNALISTA SÉRGIO PIRES APONTA A DISCREPÂNCIA NO VALOR DE PASSAGENS.

OPINIÃO DE PRIMEIRA – Só bla-bla-bla, nenhuma ação decisiva. O caso do desrespeito das companhias aéreas para com passageiros de Rondônia continua exatamente igual ao que era há meses atrás, apesar de pelo menos uma dúzia de “acordos” que resolveriam o problema. Na última audiência de conciliação, por aqui, os representantes da Azul e da Gol repetiram os mesmos argumentos que apresentaram há meses, para a redução de voos: exagero no número de ações judiciais contra elas, com números estratosféricos em Rondônia, comparando-se com outras regiões do país, o que lhes trazia graves prejuízos. Seria malandragem pura não concordar que há, sim, de parte de muitos passageiros, a pura intenção de apenas amealhar algum dinheiro.

Mas na maioria dos casos, os processos foram e o são necessários, pelo desprezo, desrespeito e falta de um mínima de decência no cumprimento das aéreas, que cobram preços abusivos por suas tarifas. A Latam já melhorou um pouco seus voos, embora continuem cometendo uma série de atentados contra o consumidor, além de cobrar passagens que superam os 6 mil reais, por exemplo, num voo de ida e volta a Brasília. A distância entre as duas Capitais é de 2.592 quilômetros. Só como comparação, um voo entre Nova York e Los Angeles, nos Estados Unidos, com quatro 4 mil quilômetros de distância, custa hoje 1.748 reais, mais de três vezes menos. Estamos sendo tratados como idiotas. E ainda assim, não temos como voar.