Aruana: Uma ação coletiva em prol do meio ambiente

Em maio de 2021, partindo da premissa de que é  urgente a mobilização pública em busca de soluções in loco para os mais diversos problemas que atingem o ambiente em que vivemos, formou-se um grupo eclético, composto de três dezenas de pessoas com o intuito de fundar a Aruana- Ação Ambiental da Amazônia

o que de fato aconteceu com o registro em Cartório e na Receita Federal, constituindo-se a primeira diretoria, composta por Fabiano Gomes(Presidente), Adenilson  Florentino(Vice), Ana Patrícia Hiroka(Secretária), Prof. Juscelino(vice secretário), Ana Luiza(Tesoureira), Priscila Hiroka (Vice tesoureira), sendo eleito o Conselho Fiscal  com a seguinte composição: Pâmela Faeti, João Paulo  de Miranda, Maurilio do Nascimento(in memorian), Lucineide dos Santos, Edneia Cavalcante(desistente) e Cleni Salete Vieira(desistente).

 

Medidas extremas foram tomadas para manutenção das mudas no periodo de estiagem, como o transporte de água em botijas.

A metodologia de trabalho, a início de forma leiga, foi se aperfeiçoando ação após ação, dando lugar a plantio de mudas de essências nativas em áreas públicas e visivelmente degradadas; no centro de Rolim de Moura, por exemplo, foi feito o primeiro plantio coletivo de 134 mudas de Oitis, Ipês, Buritis, Patas-de-vaca, Jatobás, Ingás e outros. A grande novidade foi a participação de pessoas não associadas, mas que atenderam ao apelo ambiental e têm comparecido junto aos membros da Aruana, realizando os plantios e até rega de plantas em locais públicos; nasceu aí o Projeto Adote Uma Árvore, base da metodologia de ação da Associação.

 

Alunos do Colégio Tancredo Neves em parceria com a Aruana, desenvolveram um viveiro na escola e fornecem mudas para plantio na cidade à Associação.

Com forte apelo na mídia local e na internet, através da redes sociais, a Aruana estabeleceu-se nesses dois anos de fundação como uma referência em levantar e apontar ilícitos ambientais, provocou o Poder Público com tais denúncias, levando autoridades e empresas a reverem conceitos de permissividade  com a legislação  portanto desova de lixo, esgoto a céu aberto, queima de lixo urbano, queimadas em terrenos baldios, passou a fazer parte com mais frequência no dia-a-dia da coletividade.

 

A equipe da RECICOOP é parceira da Aruana na logística do recolhimento e reciclagem de residuos sólidos, contribuindo com cerca de 30% da coleta urbana.

Parcerias como com a Recicoop, Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Rolim de Moura, cuja presidente, Lucineide Silva é uma parceira tanto da Aruana quanto da Ageron e Saneron, por tratar-se de uma entidade 100% dedicada à limpeza do ambiente, recolhendo o popularmente conhecido lixo e reciclando-o, gera renda aos seus cooperativados e colabora com  pelo menos 30% da coleta urbana.

Também a Semadu, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Turismo e Trânsito tem sido parceira com a Associação, no fornecimento de mudas e insumos os quais são repassados à comunidade dentro do projeto Adote uma Árvore. O foco na educação ambiental, apesar de tratar-se de um grupo voluntário, sem fins lucrativos, leva os membros mais engajado0s da Aruana a participar de palestras em escolas, plantando mudas no pátio das mesmas, ensinado as crianças e adolescentes sobre os princípios básicos da consciência ambiental, dentro dos quatro eixos de atuação da Aruana: Águas – Terra – Fogo e patrimônio das florestas, incluindo-se nesse conceito a vivência dos povos tradicionais indígenas, os verdadeiros guardiões.

Há uma preocupação muito grande em relação à Amazônia enquanto patrimônio mundial e que a mobilização, principalmente de seus habitantes pode resgatar o pertencimento desses povos, que têm sua sobrevivência retirada desse bioma, num relacionamento de troca e amor com a natureza. O equilíbrio entre a preservação e necessidade de explorar recursos naturais, como a terra, em que o desatamento é o primeiro dos impactos ambientais, é um desafio para ambientalistas, haja vista que a produção em larga escala de grãos, por exemplo exige grandes aplicações de agrotóxicos que são disseminados as vezes até de forma criminosa no ambiente, contaminando alimentos, águas, atmosfera e gerando inúmeras doenças ao ser humano.

Um custo muito alto que inclusive afasta o ser humano de uma das tarefas mais lúdicas ligadas à terra: plantar com abundância para comer junto aos seus e vender o excedente para adquirir aquilo que não produz. A Agricultura familiar é uma fonte poderosa de produção e diversidade de alimentos que deve ser considerada dentro da cadeia de alimentação.

Assim, incentivando o debate e o enfrentamento político quando necessário, a Associação conquistará em breve pelo Poder Legislativo o título de Utilidade Pública, quando então ampliará seu raio de ação com projetos estruturados e recursos existentes no setor, continuando a contribuir com o desenvolvimento urbano, a criação de espaços humanizados junto ao rio Anta Atirada, em busca de soluções para revitalizá-lo.

Fabiano Coelho  Gomes

Presidente

SOMOS TODOS ARUANAS!