Confúcio, o campeão histórico de recursos e obras em Rondônia, poderá encerrar carreira política

O senador rondoniense Confúcio Moura, culto, gentil, educado, bom de voto; governador eleito e reeleito e hoje o mais importante representante do nosso Estado no Congresso Nacional, por sua íntima e umbilical ligação com o governo esquerdista que está no poder, é o campeão de cooptar recursos para investimentos na sua Rondônia. Ele é, hoje, um dos políticos mais respeitados pelo presidente Lula. Não é incomum o Presidente ligar para ele. Tem sido elogiado por representantes do governo no Congresso, como o líder indicado pelo Planalto, o senador do Amapá, Randolf Rodrigues, que tem destacado publicamente as qualidades do ex-governador do nosso Estado e sublinhado que ele é um dos personagens preferidos por Lula no Senado, senão o preferido entre todos os apoiadores do atual governo. Os enormes recursos conseguidos por Confúcio para investimentos em Rondônia é a prova concreta deste apoio e respeito. Contudo, Confúcio sabe muito bem o outro lado da moeda em relação à posição que tomou. Ao defender pautas essencialmente esquerdistas; ao priorizar a criação de áreas de preservação, em detrimento das centenas de famílias que nelas vivem, como decidiu como Governador e como continua defendendo; ao falar a linguagem do controle das redes sociais, temas caros tanto para Lula quanto para o ministro Alexandre de Moraes, hoje o maior defensor desta pauta, Confúcio Moura se afastou (será definitivamente?) do eleitorado que o consagrou nas urnas tanto na Prefeitura de Ariquemes, como no restante da sua longa carreira política. Numa analogia com os grandes sucessos do cinema, se poderia dizer que Confúcio Moura se viu obrigado a fazer a escolha de Sofia, aquela vítima do nazismo que teve que decidir se seu filho ou sua filha e apenas um dos dois, sobreviveria.

Ele tem estado muito pouco pelas terras de Rondon. Mora em Brasília e praticamente não tem mais bens nem negócios por aqui. Completará 78 anos em 2026, quando vai haver eleição para o Senado e quando termina seu mandato de oito anos, muito dificilmente ele se candidatará novamente a qualquer cargo. Sem esse compromisso com as urnas, Confúcio Moura caminha para encerrar sua carreira sem o aval do povo rondoniense, que tantas vezes o consagrou, mas vivendo em função do que acredita e do que defende. É uma opção claramente muito bem pensada. Provavelmente encerrará sua carreira como o político que mais obras e mais dinheiro trouxe para Rondônia em toda nossa História, mas poderá ser uma vitória de Pirro. A grande maioria da população, hoje, pensa muito diferente dele!

SERGIO PIRES – JORNALISTA