Eleições municipais 2024/
Ciclo de entrevistas com pré-candidatos à prefeitura de Rolim de Moura
Hoje, 17 de fevereiro de 2024, entrevista com o pré-candidato a prefeito pelo PL – Partido Liberal, Prof. Rodnei Paes, professor em Educação física, empresário, servidor público na rede estadual de ensino, ex-vereador pelo MDB, ex-secretário municipal de esportes de Novo Horizonte, ex- superintendente de Estado da Cultura e Esportes e Lazer(Sejucel), disputou a eleição para a prefeitura em 2022 em condições precárias de saúde, em leito hospitalar e, ficando em terceiro colocado, segundo ele próprio, recuperou a saúde graças a equipe médica aliado a sua formação Cristã e sua fé; o apoio da família e dos amigos não só recuperou sua saúde, como volta novamente na condição de pré-candidato a prefeito do município de Rolim de Moura, por entender que pode “contribuir em muito para o desenvolvimento deste município que acolheu a mim e minha família, representada pela advogada Roberta e meus filhos Caio e Vítor, além dos meus netos. Fomos agraciados com uma linda família e uma comunidade onde somos reconhecidos pelo trabalho e a dedicação com que temos exercido nossas funções – Temos amigos, pessoas as quais somos gratas nesses 40 anos de Rolim de Moura. Devemos isso a nossa cidade e ao nosso povo – disse Rodnei.
Folha – Novamente você se coloca à disposição do processo eleitoral em nosso município; Qual o diferencial em sua candidatura que o leva a acreditar que pode fazer um trabalho que nos conduza a patamares melhores, ao futuro em si?
Prof. Rodnei: Eu tenho um histórico político coerente, originado no antigo PMDB, em que destaco o grande trabalho da dep. Marinha Raupp e do Senador Valdir Raupp na formação e crescimento da sigla. Também sou grato ao senador Confúcio, um professor de política que nos levou à Secretaria de Estado de Cultura e Esportes onde pude aprender muito da cultura do nosso povo , da riqueza que é Rondônia. Atualmente sou parceiro do Senador Marcos Rogério, presidente estadual do PL e sou professor há 40 anos na rede pública – Pretendo disputar a prefeitura por entender que é necessário ser político e saber exercer políticas públicas afinadas com a voz que vem da população; Fui vereador e por muitas vezes tive minha voz não respeitada no que concerne as necessidades sociais por mim apontadas, porque o Executivo muitas vezes age sem consultas à Câmara Municipal, não respeita nem consulta as associações de moradores e outras entidades representativas; Não pode sentar na cadeira e ficar distribuindo ordens que não refletem a igualdade de direitos orçamentários, por exemplo.
Folha: Isso também diz respeito ao quadro funcional, qualidade do serviço prestado à população que depende de um servidor motivado e investido de conhecimento?
Prof. Rodnei: Exatamente! Além de valorizar o salário do servidor municipal, vamos equipar todos os setores da saúde; por exemplo, com sistemas de automação que permitam um atendimento ágil, seguro e a custos inferiores ao da terceirização; Investimentos na estrutura hospitalar parra atender aqui nossos pacientes que ficam a mercê do transporte de ambulâncias na BR 364. Trazer in loco a média e alta complexidade é viável desde que trabalhemos com dados fidedignos, com transparência na aplicação do dinheiro público e, para isto temos que ter o servidor como aliado, concursado e bem remunerado, a fim de que a carreira dele seja de fato pública e lhe renda com folga sua sobrevivência e a da família.
Folha: Politicamente nas redes sociais o senhor vem sendo taxado de esquerdista e, por outro lado, desertor da esquerda. A que se atribui essa dualidade que tem rendido muitos comentários na internet?
Prof. Rodnei: Uma proeza, não é mesmo? (rs) mas tento explicar que o meu histórico teve seu inicio no MDB, partido que já foi oposição nos idos anos 80, das Diretas Já. Sempre fui ativista da educação em meio a jovens, universitários, acadêmicos, professores, sendo comum na época de eleição considerar-se os políticos de esquerda ou de direita por quem andam acompanhados. Muita gente de extrema direita diz que o Senador Confúcio é um “comunista” apenas porque ele tem esse olhar orçamentário de forma mais igualitária e dirigido em especial às comunidades mais carentes! Ele é o único aliado de Rondônia ao governo federal e as obras anunciadas se concretizarão porque ele tem bases políticas sólidas no MDB. Se isto é ser de esquerda e andar com ele é ser de esquerda, porque então fui me posicionar ao lado do Senador Marcos Rogério, no PL, que é considerado de centro? Eu preservo minhas alianças políticas, respeito as opções dos adversários, mas tenho uma visão mais ampla do que precisa ser feito numa prefeitura. Percebo alguns bairros totalmente carentes de obras de infraestrutura, enquanto no centro da cidade a operação de recapeamento não para – poderia redistribuir tanto asfalto e drenagem também para os bairros mais periféricos. Isso é injustiça junto ao contribuinte que paga religiosamente seus impostos e espera por água tratada, esgoto, rede elétrica e pavimentação. Não digo que não está sendo feito, só não na quantidade e tempo aguardado pelos munícipes.
Folha: Você também tem grandes laços com a educação, dos esportes e da cultura, chegou a ser Secretário da SEJUCEL – Superintendência da Juventude, Cultura, esporte e Lazer, o que dificulta a evolução desses setores? Porque é difícil promover cultura e esporte e lazer?
Prof. Rodnei: Todo gestor deveria ter uma visão voltada a esse tripé, pois interliga as pessoas, promove bem estar social, saúde, espirito de competição, etc. Vivemos em uma nação com uma diversidade cultural riquíssima. Importante entender que investir em cultura é reconhecer e valorizar a nossa história. Não tem como fomentar a cultura local distante do turismo, sem estruturar e dar visão com obras estruturante o setor, o urbanismo, por exemplo. É importante a criação de um órgão específico pra gerir a cultura local, como está surgindo agora a Fundação através de um grupo não governamental. Precisamos urgentemente criar políticas públicas para fomento da nossa cultura, valorizando movimentos populares culturais, afinal somos o resultado da mistura de várias origens e costumes, somados aos que já existiam antes da colonização do estado. Somente fomentando os movimentos populares se adquire cultura e lazer popular. O esporte também é uma grande ferramenta de mudanças sociais, disciplina e formação de futuros atletas.
Folha: Mas você é de esquerda no PL?
Prof. Rodnei: Não. Não sou de esquerda, não sou ligado aos partidos de esquerda a quem respeito, são pessoas e membros da nossa comunidade, eleitores, pagadores de impostos e que devem ser ouvidos e inseridos na política. Rechaçar adversários com narrativas políticas de aspecto negativo é típico dos fracos. Eu sou o Professor Rodnei a quem todos conhecem, empresário, ainda atuando como professor de educação física e nem eu nem meu vice ou membros da nominata de vereadores são terroristas de esquerda como alguns querem fazer crer. Além disso, sou há muitos anos membro da Igreja Presbiteriana, na função de presbítero, portanto seguidor do Cristo e comprometido com a o amor e a verdade. O fato de estar no PL vem de compromisso assumido com o Senador Marcos Rogério, a quem assessorei na campanha em nível regional. Se for classificar, sou de centro.
Folha: Quais são os desafios do rolimourense daqui pra frente?
Prof. Rodnei: Saneamento básico. Temos que investir nesse setor tão importante na prevenção de doenças que corroem o orçamento da saúde. A nossa ideia é fazer correr o relógio dessas obras tão necessárias, fazendo parcerias em Brasília e junto ao governo do estado no sentido de carrear recursos para expansão das redes de água e esgoto, a cargo da empresa Águas de Rolim, subsidiária desses serviços que ainda estão a desejar. Na Saúde vamos promover a regionalização da Zona da Mata de fato e direito, na busca de reformar e ampliar o Hospital Municipal, com um Centro Cirúrgico capacitado para média e alta complexidade, ganhando tempo e recursos na logística de salvar vidas. São muitos detalhes e uma boa equipe faz-se necessária para planejar e gerir os recursos de forma transparente; a equipe deve ser devidamente contratada e especializada, fazendo valer cada real do recurso público, prestando contas abertamente, respeitando dispositivos da comunidade como os Conselhos Municipais, Câmara de Vereadores, Ministério Público, etc. Temos tudo pra fazer uma grande e moderna cidade, dentro da modalidade de “cidades inteligentes”, onde esperamos o apoio da população a nossas ideias, as quais iremos difundir cada vez mais daqui pra frente.
Folha: Mas a população também tem suas responsabilidades no contexto urbano…Não é só jogar nas costas da administração o crescimento da qualidade de vida de uma cidade…
Prof. Rodnei: É verdade, as responsabilidades existem, temos leis e normas para tudo que diz respeito a convivência em comunidades, mas infelizmente existem os que não se alinham, seja por questões culturais, hábitos que levam aos maus hábitos como destino do lixo, águas servidas na via pública, animais de rua, queima de lixo, etc. Acho que a administração deve fazer valer a Leis e sanções que já existem para coibir infratores no ambiente urbano não deixando que a politica prevaleça sobre o direito coletivo, mas que também deve fazer o dever de casa, limpando suas áreas públicas, prédios, escolas, unidades de saúde, promovendo a poda da arborização e jardinagem. Cada um deve fazer sua parte e não sofrer barganhas políticas, deixando de agir corretamente porque vai desagradar alguém. A Lei é para todos.
Folha: Muito bom! Responsabilidades compartilhadas para que todos possam viver num ambiente melhor. Muito grato por sua entrevista, professor!
Folha do Nortero