Especulação mobiliária promove invasão da orla do rio Anta Atirada
O Rio Anta Atirada, que forma a bacia hidrográfica do rio Bamburro, na região central de Rondônia, forneceu água à cidade e arredores( pastagens, cafezais, animais) por mais de 30 anos; Em face a poluição despejada todos os dias pelos esgotos e fossas e lixo, o rio tornou-se impróprio ao uso para consumo humano. Também o nível de água tem baixado a cada ano como resultado da captação excessi9va para irrigação de café clonal e para o rebanho animal desta região. Os orgãos reguladores como a Semadur(meio urbano) e Sedam(rural) não conseguiram segurar a sanha produtiva do ser humano que extrapolou todas as medias de consumo de água e agora a empresa águas de Rolim realiza a captação de água no Rio D´allincout, distante 20 km. da Cidade. O próximo passo será instalar uma estação captadora de água no rio Machado.
Estamos perdendo o tempo e espaço na luta pela preservação ambiental – agora, a sanha humana se vira para o leito do rio, nas áreas onde a Lei de Preservação é clara ao determinar os 30 metros no entorno como sendo obrigatória sem construções e com manutenção da mata ciliar, a fim de que o rio tenha fluência e não provoque enchentes as quais poderiam ser evitadas com a presença da mata ciliar. Não fosse tais problemas recorrentes há 3 décadas e teriamos água de qualidade no quintal de casa.
Entretanto, não se sabe baseado em que legislação, a Semadur resolveu liberar licenças à beira do rio como é o caso de uma construtora que ali se instalou tendo seu muro construído há dois metros da água, sem que nenhuma autoridade se manifestasse.
O Código florestal(Lei 12.651/2012) estabelece como área de preservação permanente toda a vegetação natural localizada a 30 metros nos cursos de água de menos de 10 metros de largura. O código de Ocupação urbana, premissa das prefeituras, considera apenas 15 metros de cada lado do rio., Mesmo assim, em Rolim de Moura, a especulação imobiliária tem invadido áreas de APPs e do rio Anta, o que pede imediatamente ações repressivas por parte da Policia Ambiental e Ministério Público., sob pena de termos tragédias ambientais como as que já aconteceram nas grandes enchentes nesta cidade.
da redação Folha do Norte.