Marcos Rogério : um ignorante da história
Narcisista desde o seu tempo de rádio em Ji-Paraná (RO), ego inflado desde a defesa radical do ex-presidente Jair Bolsonaro na CPI na Covid-19, o senador bolsonarista Marcos Rogério era um garoto em 1977, quando alguns empresários de seu município avançavam fortemente sobre as terras dos indígenas Arara e Gavião.
Entre 1976 e 1978 uma empresa de colonização oportunista vendia lotes dentro da linha 7 na T.I. 7 de Setembro, do povo Indígena Paiter Suruí. Paralelamente, aconteciam sucessivos roubos de peixes e de madeira de rios e florestas no extinto território federal.
Não é surpresa que a triste herança dos invasores caiu no colo do senador Rogério. Certamente, a rádio cipó pode ter-lhe soprado – será que ouviu bem? – que o falecido deputado Homero Pereira foi o autor do projeto original dessa tenebrosa façanha, depois de haver subtraído terras dos povos Irantxe e Myky para dar origem à cidade de Brasnorte, em Mato Grosso.
Além de Brasnorte, em outros municípios mato-grossenses indígenas padeceram sob os drásticos efeitos ruralistas: Alto Boa Vista, Barra do Garças , Campo Novo do Parecis, Juína, Novo Mundo, São Félix do Araguaia, Sapezal , Tangará da Serra.
Sobre eles, nuvens de agrotóxicos, empresas governamentais, juízes incompetentes e até o Ministério Público causaram tragédias, seja na permissão da expansão de lavouras de soja, ou na autorização de barragens de hidrelétricas, funcionamento de madeireiras e a expansão da pecuária.
Contaminados choraram a dor da perda, outros morreram diante de rios assoreados, contaminados, ou sufocados por sucessivas queimadas que poluem diversas regiões.
Ficará assim? E agora, José – eis a pergunta ao Congresso, ao Governo e ao STF.