Mortandade de peixes alerta autoridades ambientais em Rolim de Moura

Já há dias o Igarapé D´allincout – que fornece água para o sistema de distribuição da empresa Águas de Rolim, localizado na Linha 180, município de Rolim de Moura – RO, vem apresentando alto índice de morte de peixes em seu leito, fato observado por moradores locais na confluência da linha 25 de agosto, próximo ao laticínio Miraella.

Na manhã deste dia 23 de outubro o numero de peixes boiando assustou as pessoas que passavam pelo local, tendo o fato chegado ao conhecimento das autoridades ambientais no município, como o Secretário municipal de meio ambiente, Carlos Alberto de Lima, que compareceu ao local com sua equipe e também o representante local da Sedam – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental; Estas pessoas foram avaliar “in loco” a origem do problema. Depois de entrevistar moradores e observar a água, os técnicos concluíram que o fluxo do igarapé está muito baixo – um padrão que se repete nos rios da região em face o clima, e que os peixes morreram por falta de oxigênio e superpopulação em pouca água.

ALERTA AMBIENTAL – O que aconteceu no D´allincout vem se repetindo na Amazônia com o agravamento do fenômeno El nino que intensifica as secas na região amazônica. Entretanto, o alto consumo de água nos plantios de café clonal, associado ao consumo de animais bovinos e4 equinos, consumo industrial(frigoríficos) também são fatores que agravam a diminuição do leitos dos rios na região; A ONG Aruana tem alertado que o consumo de água urbano e rural, aliado a fatores como irrigação rural, desmatamentos, assoreamento de rios, tendem a aumentar a demanda por água e a dificuldade de empresas como a Águas de Rolim em adquirir o produto essencial à vida, que será inevitavelmente obrigada a captar água no rio Machado, onerando seus custos e também do consumidor.

O Presidente da ONG Aruana, Fabiano Gomes, recomenda a união de clubes de serviços, escolas, secretarias municipais e veículos de midia, engajados na educação ambiental e acima de tudo, a divulgação de falas e palestras acerca valor da água para o planeta.

” As emergências ambientais estão para todos os lados e devemos nos engajar mais na defesa do ambiente em que vivemos, sob pena de vermos a desolação do planeta em que vivemos” . Concluiu o ambientalista.