Prefeito de Ji-Paraná e o filho são afastados da Prefeitura e Câmara em nova operação da Polícia Civil contra corrupção

A 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO2), juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na manhã desta terça-feira (26), a Operação Arcana Revelada, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que visava a prática de vários crimes, no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo da cidade de Ji-Paraná.

Segundo a Polícia, os crimes identificados são: corrupção ativa e passiva, extorsão, tráfico de influência, perseguição e lavagem de dinheiro.

Neste momento os policiais estão cumprindo mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados aos investigados, bem como na sede da Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores e Procuradoria de Ji-Paraná.

Além disso, estão sendo realizados o cumprimento de mandados de afastamento das funções públicas de investigados.

As investigações são decorrentes da operação policial denominada Arauto, deflagrada pela Draco 2, no dia 27 de janeiro, que aponta para uma rede complexa de corrupção e influência dos Poderes Executivo e Legislativo de Ji-Paraná.

Os fatos investigados revelam sérios indícios de crimes cometidos na administração pública do Município de Ji-Paraná, a partir da aprovação da Lei Municipal n. 3.444/2021, de 7 de dezembro de 2021, que trata da autorização para o Poder Executivo celebrar acordos judiciais a fim de beneficiar servidores da Secretaria Municipal de Educação.

Contudo, os elementos informativos apontam que para a real aprovação do referido projeto de Lei, foi necessário o pagamento de vantagem indevida para agentes públicos integrantes do esquema ilícito, ocupantes de cargos e funções estratégicas na Administração Municipal.

Durante a ação, foram realizados o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e na sede dos Poderes Executivo e Legislativo, além do cumprimento de 6 mandados de afastamento das funções públicas, pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias, de todos os servidores públicos envolvidos nas investigações, incluindo os chefes dos Poderes Executivo, o prefeito Isaú Fonseca, e seu filho, Welinton Poggere Góes da Fonseca, presidente da Câmara de Ji-Paraná.