Propina de 10%: Como agiam servidores corruptos em secretaria da Prefeitura de Porto Velho

Policiais continuam nas dependências da prefeitura de Porto Velho

Os alvos da Operação Outliers, deflagrada pelas delegacias de Repressão ao Crime Organizado (DRACO 1) e Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), eram servidores públicos lotados na Superintendência de Gastos Públicos (SGP), setor da administração municipal de Porto Velho criado para fiscalizar e controlar despesas públicas. Os crimes foram denunciados pelo prefeito Hildon Chaves.

Após a descoberta de crimes praticados pelo grupo investigado, a justiça deferiu mais de 22 medidas cautelares, entre mandados de prisão temporária, busca e apreensão e medidas constritivas patrimoniais, para coibir crime de concussão realizada por servidores da SGP em face de empresários.

Segundo a Polícia, os servidores inviabilizavam a concorrência em sistema eletrônico utilizado em várias secretarias da prefeitura de Porto Velho, no que se refere a troca de peças e mão de obra necessárias nos veículos da frota, direcionando as ordens de serviço para determinadas empresas, que por sua vez, eram obrigadas a submeter-se aos mesmos, com o pagamento de propina.

Foi constatado ainda, que os servidores públicos investigados cobravam percentagem na ordem de 10% sobre o valor das ordens de serviço dos empresários, que eram vítimas do esquema e que os valores oriundos da corrupção eram repassados para contas de terceiros, indicadas pelos servidores públicos.

Conforme apurado até o momento o município de Porto Velho desembolsou, com sete empresas, aproximadamente R$6 milhões, nos últimos quatro anos.

A Polícia destacou que os servidores investigados praticaram o crime de associação criminosa, concussão, frustração do caráter competitivo de licitação e lavagem de dinheiro.

Rondoniagora.