Servidores transpostos de Rondônia amargam enquadramento errado na União
Já vão 13 anos desde a aprovação da PEC 483 que permitiu ao Governo federal absorver os servidores estaduais de Rondônia contratados à partir de 1985 até 1991, ato que ficou conhecido como “Transposição”.
A medida foi comemorada efusivamente por servidores e, claro, pelo governo de Rondônia, Ivo Cassol, que antevia uma redução no caixa com tais servidores que passariam aos quadros da União; Também deputados federais à época apoiaram as medidas que somente ficar5am regulamentadas no governo Temer que vetou 4 artigos do Projeto de Lei, limitando a entrada no quadro federal, dos servidores de Rondônia contratados até 1991.
De lá para cá, o que se vê é a lamúria dessas pessoas, onde cerca de 80% dos mais de 15 mil transpostos foi enquadrado em cargo em extinção, com tabela de salários a última do rol de remunerações e com a nomenclatura de “Auxiliar de Serviços Diversos”, sem que fosse levado em conta grau de escolaridade, tempo de dedicação na criação do Estado de Rondônia, cursos de aperfeiçoamento e outros fatores de avaliação sócio-trabalhista. Um engodo aos olhos dessas pessoas que têm hoje em média 60 anos de idade, tendo cumprido quase 430 anos de serviço, haja vista que a Transposição impôs também um pedágio de 5 anos a mais de serviço, para que os servidores tivessem direito a incorporação de gratificações e melhorasse assim seu salário mesmo não evoluindo dentro de um Plano de Cargos e Salários . Pior: em sua grande maioria, além de enquadrados na última função e escolaridade, têm como salário base, um salário mínimo. O restante é composto por gratificações e vale alimentação, os quais não serão incorporados ao vencimento após a aposentadoria, motivo pelo qual há muitos casos em que o servidor não está buscando aposentar-se, mesmo já tendo atingido o tempo exigido, a fim de não ver seu minguado sal´rio0 reduzido pela metade.
Os deputados federais e senadores eleitos pelo Estado, têm feito ouvido de mer5cador, como se diz no nordeste. A transposição, em sua quase 2 décadas de tramitação foi palanque para muitos mandatários que depois viraram as costas a esta massa de trabalhadores que moldaram os sistemas de Saúde, educação, malha viária, construíram prédios públicos e cidades, sendo co0mo diz o hino de Rondônia, ” Sentinelas avançadas”.
Continuam sendo esquecidos e desprestigiados pela classe política desde o município, até a União, demonstrando assim uma falta de consideração à nossa história e ao nosso povo, Há que se corrigir tamanhas injustiças que inclusive estão gerando insegurança social nestas famílias.