Setembro amarelo: Um mês para lembrar da prevenção ao suicídio

Apesar da ampla divulgação, poucos profissionais daqui e de outros municípios, compareceram ao chamado
Psicólogo Carlos Augusto:
” Na dúvida, abrace…”

Acontece desde o inicio  da manhã deste dia 14, no auditório da Faculdade São Paulo – Estácio, em Rolim de Moura, um ciclo de palestras ministradas por profissionais da Saúde pública e cujo objetivo principal é levar conscientização quanto ao elevado índice de pessoas que tiram a própria vida – O suicídio.

Programado pelo Governo do Estado e com o tema Se precisar, peça ajuda!,  o ciclo de palestras destinadas a profissionais da saúde e da educação, foi realizado pela  Sesau e com apoio da V Gerencia Regional de Saúde, através da diretora de epidemiologia Salete Gueller, que representou a gerente regional e organizou  toda a estrutura e divulgação para o evento/ciclo de palestras, o qual teve início às 08:00h deste dia 14, tendo sido convidados em nome da Gerência Regional os profissionais de saúde básica de todos os municípios, Caps,  bombeiros, policiais militares, estudantes das universidades locais além dos psicólogos Carlos (Regional de Saúde) e Patricia Lizieux (Atenção básica do município),  e a psiquiatra Amanda de Aquino Nunes que alertou para incidências estatísticas que incluem crianças e adolescentes em grupos de alto risco, em função de adoecimento mental e comportamental em família. “O tratamento para o tentante deve ser incrementado logo nos primeiros momentos em que o fato acontece e deve ser muito rígido, até porque a pessoa já venceu a barreira do planejamento e da execução, tornando-se fácil a nova tentativa por parte do mesmo – além  disso, os profissionais envolvidos no atendimento, desde o Samu, os bombeiros, a polícia militar todos, devem estar preparados para acolher, entender e seguir protocolos fixos que garantem melhores resultados, disse a psiquiatra.

Principais causas do suicídio:

Transtorno do humor;

Transtorno por uso de substâncias químicas e álcool;

Esquizofrenia, Transtorno de personalidade;

Ansiedade e outros transtornos psicóticos; Fatores genéticos.

Além disso, a médica citou que situações sociais, financeiras, desemprego, luto, etc., são gatilhos para que a pessoa inicie o processo de degradação existencial e comece a admitir a hipótese de matar-se, afundando em depressão e dependência de ansiolíticos muitas vezes renegando o papel fundamental da terapia e do acompanhamento profissional – A falta de um Caps AD(anti drogas), por exemplo foi citado pela profissional como uma deficiência para o atendimento com maior fluxo em dependentes químicos, alcoolismo e outras dependências muito presente nas estatísticas médicas.

“ Temos que preparar toda a  cadeia de atendimento profissional, desde as UBs, até o atendimento especializado, bem como a referência de uma clínica de tratamento de dependência química com suporte de recursos públicos para tratamento de abstinências, clínico e psicológico. Some4nte assim estaremos preparados e encarando de frente essa problemática que mexe com a estrutura social”, finalizou a médica.

Com o lema “Se precisar, peça ajuda!”, a campanha Setembro Amarelo deste ano busca promover ações de prevenção ao suicídio e de conscientização para a importância da escuta e acolhimento aos indivíduos que passam por intenso sofrimento psíquico. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, em 2019 foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. Levando em conta os episódios subnotificados, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano. 

A campanha pretende incentivar a sociedade a oferecer escuta empática e sem preconceitos a quem passa por situação de angústia extrema. 

O Psicólogo Carlos Augusto dos Santos, apresentou o primeiro painel no período da manhã e tergiversou sobre a importância da referência ao mês de setembro, em especial pelo crescente número de vítimas de si mesmas.

“ No mundo, a cada 10 segundos alguém tenta suicidio e a cada 46 segundos alguém efetiva a própria morte – disse o psicólogo -. Entretanto não é uma atitude totalmente silenciosa e estamos vivenciando um tempo de muitas provações sociais, potencializado pelo efeito pandemia, que ampliou enormemente o quadro de depressivos, bipolares, boderliner e outros distúrbios mentais os quais a família nem sempre percebe os sinais oi manifestações clínicas. Tempos que estar atentos às alto mutilações de jovens. Mudanças bruscas de mentalidade  e comportamento, não como atitude policiar, mas resguardar, acolher e amar sua família e seu círculo social”, disse Carlos Augusto

“Já foi até proibido até comentar”, disse ele, referindo-se ao Taboo de falar-se abertamente sobre o suicídio, ou sua tentativa, o que pese os preconceitos e até mesmo as crenças religiosas, citando por exemplo até mesmo a influência que famosos projetam na sociedade e na juventude quando ocorre um suicídio no meio da fama.                   “Em 1.774, o escritor alemão Goethe publicou um romance em que Werther, o personagem principal suicida-se por amor…o sucesso foi tanto que desencadeou a maior onda de suicídios em jovens registrada no século XVIII na Europa.”, explicou Carlos para ilustrar o quanto as pessoas podem exercer influência umas sobre as outras, em especial quando se trata de acolhimento. “Um simples abraço, uma conversa, pode salvar!.”, garante o profissional, reforçando que o suicida ou pretendente sempre envia inúmeros sinais aos parentes, amigos e colegas de trabalho. O que estamos sugerindo é a formação de uma cadeia fraterna , solidária, de atenção humanizada que funcione e reforce laços familiares e participação social”, finalizou o psicólogo Carlos Augusto.

À tarde os debates e mais uma palestra estão sendo apresentados, devendo o evento encerrar-se por volta das 16 horas.

da Redação.